quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Prevenção da Cárie em Odontopediatria – Riscos e Intervalo de Retorno

         

Dr. Fausto Mendes que entregou o certificado, ao lado dele a Dra. Denisse, 
e logo depois,Dra. Jenny

            “Prevenção da Cárie em Odontopediatria – Riscos e Intervalo de Retorno” foi o tema que mais me interessei o congresso ALOP 2014, pois a prevenção é o meu dia-a-dia no consultório. Meu maior desafio é conscientizar os pais da importância da prevenção, para a formação de uma geração sem cáries. Mesmo com todo avanço da odontologia preventiva e sua divulgação nos meios de comunicação, infelizmente ainda existem crianças com cárie. Eu acredito que isso se deve a fatores culturais e econômicos.
Segundo a Dra. Denisse Aguilar Galvez, do Peru, seria de grande importância o trabalho conjunto de ginecologista-pediatra-odontopeditra.
A prevenção deve se iniciar com a gestante. Os profissionais tem que mostrar à futura mamãe a importância de cuidar da sua saúde bucal e depois da boquinha do bebê. Devemos motivá-las a terem esses cuidados.
Para a mamãe são passados, além dos cuidados com a higiene bucal, os cuidados com o aleitamento materno, alimentação, uso da chupeta, mamadeira e tudo que interfira na saúde bucal do bebê.
De acordo com a Dra. Denisse, a prevenção tem como base a higiene bucal e o controle do biofilme (placa bacteriana). Como eu já escrevi diversas vezes no blog: a prevenção é simples, menos onerosa e é necessário disciplina por parte dos responsáveis para um resultado positivo.
Uma maneira de motivar os pais a cuidarem da boquinha de seus filhos é mostrar o biofilme (placa) que se forma no dentinho, e ensiná-los que esse é o início para formação da cárie. Portanto, é necessário uma boa escovação e uso do fio dental diariamente, para mantermos a saúde bucal.
A Dra. Jenny Abanto, que também ministrou a palestra sobre o tema acima, nos lembrou que a cárie é uma doença multifatorial. Todos os pacientes tem risco à cárie. É preciso fazer uma boa avaliação para determinar esse risco.
Segundo a Dra. Jenny, existe uma relação socioeconômica e de escolaridade dos pais, com os fatores de risco. O que significa que esse fator, que contribui para o aumento do risco e o aparecimento de novas lesões de cárie, ou o aumento das lesões já existentes, pode ser biológico e/ou social.
O consumo de açúcar é o maior problema para desenvolver a cárie, em pacientes que não estão expostos a aplicação de flúor. Segundo evidências científicas, sem o uso regular de dentifrícios fluoretados, uma desmineralização do esmalte ocorre com apenas três exposições diárias ao açúcar.
A Dra. Jenny relata que existe associação entre mãe e filho de transmissão do microrganismo da cárie, mas isso não quer dizer que a criança irá desenvolver a cárie. A microbiota cariogênica a criança adquire da mãe, babá, pai, amigos, enfim toda criança acabará tendo essa transmissão, faz parte da natureza do bebê. Mais importante do que a transmissão de microrganismo é a transmissão de hábitos de higiene e alimentação, que muitas vezes são incorretos.
A transmissão desses hábitos é que fará a diferença para que uma criança cresça sem cáries. O risco de cárie muda e a criança deve ser reavaliada a cada visita ao consultório. Vale ressaltar que o risco pode ser diferente, de uma criança para outra. Precisamos avaliar fatores biológicos e socioeconômicos.
O intervalo das prevenções será determinado com base no risco e atividades de cáries específicos de cada paciente, e de acordo com a experiência do profissional, finalizou a Dra. Jenny.

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