terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Como se formam e o tratamento para as manchas de esmalte
No segundo dia do CIOP 2014 tive a oportunidade de ouvir a Profa Dra Flavia Konishi e a Profa Dra Sandra Kalil Bussadori (foto). As duas relataram que estamos conseguindo diminuir as crianças com cáries, mas no momento temos um aumento de crianças que possuem dentes nascendo com manchas.
Mesmo as crianças que nunca tiveram cáries nos dentes de leite, podem ter dentes com má formação.
De acordo com a Dra Flávia, a formação dos dentes decíduos (dentes de leite) se inicia na sexta semana de vida intrauterina, e os dentes permanentes durante o quarto mês de vida intrauterina. Desta maneira, qualquer alteração que interfira no desenvolvimento do feto pode afetar a dentição em formação. Condições desfavoráveis durante a gestação podem trazer alterações nos dentes em fase de formação e mineralização. (alguns exemplos são: uso de medicamentos, infecções, carências nutricionais, tabagismo e álcool e a exposição a poluentes).
Temos alterações da forma, estrutura ou cor do dente, que podem comprometer a estética do dente. É preciso conhecer cada uma delas para determinar o melhor tratamento.
Segundo a Dra Sandra, de acordo com a fase de formação do dente na qual ocorrem as interferências, os defeitos podem se apresentar das mais variadas formas como manchas, sulcos, depressões e ausência de esmalte. Essas características dependem, também, da intensidade e duração do fator causador. A etiologia de alteração pode ser exógena e endógena.
Um dos maiores desafios atuais dos pesquisadores brasileiros é a de descobrir a causa e o tratamento da MIH (hipomineralização de molares e incisivos). Há dificuldade em determinar o momento que ocorre e as causas dessa má formação.
Algumas crianças que tem o problema se queixam de sentirem dor ao comer ou ingerir alimentos e ao escovarem o dente em questão. Alguns dentes erupcionam apenas com a mancha amarelada, outros apresentam porosidade.
Com relação a MIH, alguns pesquisadores relatam que ela pode ser ocasionada devido a alguma infecção que a criança possa ter tido na época de formação dos dentes em questão. Também já foi associada ao Bisfenol A, componente do plástico de mamadeira e chupetas que, quando aquecidos ou congelados, acelera o desprendimento de moléculas de BPA. A decisão é baseada em estudos recentes que apontam riscos à saúde decorrentes da exposição à substância. Ela está presente no policarbonato, usado na fabricação de produtos plásticos como mamadeiras, chupetas, potes, escovas de dente, copos, cadeiras e no revestimento interno de latas de bebidas e alimentos.
Segundo a Vigilância Sanitária, apesar de não haver resultados conclusivos sobre o risco da substância, a proibição visa proteger crianças com até 12 meses de idade. Desde 2011 a Anvisa proibiu uso do Bisfenol A.
Tivemos a oportunidade de assistir diversos tipos de má formação e seus tratamentos que merecem um post especial.
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