quarta-feira, 9 de abril de 2014

A vida intrauterina e os aspectos de interesse da odontopediatria


No “I Congresso Brasileiro de Odontologia para Gestantes” não poderia faltar a Profa. Dra. Flávia Konishi, já que foi quem iniciou, no Brasil os estudos e divulgação da importância da odontologia para gestantes. Durante o evento ela iniciou sua explanação com a seguinte pergunta: saúde e educação, a partir do nascimento, ou antes?
           
De acordo com a Dra. Flávia não devemos desprezar a importância da hereditariedade, mas estudos demonstram que a influência genética parece ter um papel menos significativo quando comparados com fatores adquiridos (meio ambiente, nutrição, estado de saúde e doença, poluentes intrauterinos, doenças de toxinas”.

Alguns dos fatores adquiridos, que podem interferir na formação e desenvolvimento da dentição do bebê, que podemos citar, são: fármacos, tabagismo, álcool, doenças, desnutrição, radiação e poluição intrauterina. 

Segundo Flávia Konishi, o acompanhamento da mulher durante a gestação, do ponto de vista da odontologia, tem como objetivo promover ou resgatar a saúde bucal por meio de medidas preventivas ou educativas, possibilitando que a grávida tenha uma microbiota bucal compatível com saúde, minimizando assim, o risco de transmissão vertical de microorganismos patogênicos da mãe para a criança.

O estágio pré-natal é uma oportunidade ímpar para a prevenção primária de problemas, inclusive os odontológicos. Nessa fase temos um momento especial para educar e estabelecer ações para prevenir e minimizar tais problemas. Flávia ressalta que, a gravidez é um momento único na vida da mulher, acompanhada por uma variedade de alterações fisiológicas, hormonais e anatômicas que podem afetar a saúde oral.

O dentista não deve negar tratamento odontológico pelo fato da mulher estar grávida, ele deve, sim, ajudar essa gestante manter a saúde bucal durante toda a gestação.  O profissional também deve motivar e educar a futura mamãe para que ela possa cuidar melhor da saúde bucal de seu filho. Dessa maneira a criança terá maior chance de nascer e crescer com saúde bucal, sem ter que se submeter a tratamentos odontológicos restauradores.
            
Flávia, no final, colocou o resultado da pesquisa “A gestante no consultório odontológico: como, quando e por quê?” que foi realizada por mim, tendo ela como orientadora.
            
Foram entrevistadas 372 gestantes. 1 – Não faz parte da rotina dos obstetras a orientação da gestante sobre a importância da saúde bucal; 2 – Foi grande o número de gestantes com problemas bucais e, apesar disso, a visita ao dentista foi pouco frequente; 3 – Muitas gestantes acreditam em mitos e crenças e não procuram atendimento com medo de prejudicar o bebê. Os resultados demonstram necessidade de ações educativas em saúde bucal.
            
Agradeço à Profa. Dra. Flávia Konishi, por tudo que me ensinou sobre a Odontologia para Gestantes. Se algum profissional da área de saúde tiver interesse em aprofundar sobre o assunto, haverá na APCD de Araraquara, nos dias 08, 09 e 10 de maio, o “Curso Intensivo de Capacitação em Odontologia Intrauterina e da Primeira Infância”.

            
Flávia é coordenadora do curso e haverá a participação de Gabriel Tilli Politano (odontopediatra) e Andrea Toci Dias (psicóloga). Eu já participei e indico. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário